Exercício físico é reconhecidamente a atitude mais importante para prevenir doenças, promover saúde e qualidade de vida, melhorar a autoestima, trazer resultados estéticos e até prolongar a expectativa de vida.
O que existe, entretanto, é um limite entre benefício e prejuízo. É claro que não devemos ter receio de fazer exercício com medo de ter prejuízo. Na verdade são até raras as situações que caracterizam prejuízo à saúde por excesso de atividade física. Apesar de raras estas situações existem e devem ser evitadas.
Podemos dividir os perigos do excesso de atividade de acordo com sua origem:
- Excesso de exercício prejudicando o aparelho locomotor
Estas são situações em que o aparelho locomotor age como um fator de proteção. Quando exageramos na intensidade, na duração ou mesmo quando realizamos atividades não habituais com certo exagero, surgem os sinais e sintomas de sequelas do aparelho locomotor. Tratam-se geralmente de processos inflamatórios de músculos, tendões ou mesmo problemas articulares que “acusam” o excesso cometido e representam um sinal do corpo nos “aconselhando” a adequar melhor a natureza e a intensidade da atividade realizada.
Quando respeitamos estes sinais de proteção, certamente não teremos nenhum prejuízo futuro e poderemos usufruir de todos os benefícios que a atividade física regular proporciona.
- Excesso de exercício trazendo prejuízos crônicos
Quando o excesso de atividade não é “sinalizado” pelo aparelho locomotor, ou principalmente, quando esse sinal é ignorado, podemos ter consequências que assumem uma proporção que pode ser mais grave. O excesso de atividade física pode acometer o eixo regulador da secreção de determinados hormônios. A origem do problema costuma ser atribuída ao estresse detectado em uma área do sistema nervoso central chamada hipotálamo. Nesta área existe uma verdadeira central reguladora da produção de vários hormônios, particularmente aqueles produzidos pela glândula hipófise. Quando um quadro crônico de estresse exagerado provocado pelo excesso de exercícios se instala, os distúrbios hormonais podem ser vários. Os mais frequentes são os que se constatam por alterações do ciclo menstrual na mulher e por diminuição da fertilidade no homem. É importante que se diga que para este quadro aparecer o exagero cometido foi realmente grande. Neste caso, se não reduzirmos a intensidade dos exercícios o quadro evolui para outros problemas como perda de massa óssea, alterações de sono, apetite, humor e perda até do próprio rendimento físico.
O interessante é que na mulher a alteração do ciclo menstrual é um sinal de alerta que permite a detecção precoce do quadro. Por outro lado, o homem dificilmente vai poder notar o sinal biológico de redução de fertilidade que é o sinal análogo ao que ocorre na mulher.
Devemos portanto, estar atentos para evitar estes prejuízos, que apesar de existirem, não devem de maneira nenhuma desestimular ninguém a fazer exercícios, representando na verdade a constatação de que para a atividade física não vale o conceito de “quanto mais melhor”!
Colaboração: Gerseli Angeli
Belo texto… Parabéns!
Muito obrigado !
Abraço
Turibio
devemos ter o equilíbrio pra tudo na vida…