Com a chegada dos dias quentes, aumenta expressivamente o número de pessoas que iniciam ou intensificam a prática de atividades físicas com o objetivo de ganhar massa muscular e perder gordura.
A fim de alcançar esses objetivos da maneira mais rápida possível, muitas pessoas deixam-se seduzir por dietas “milagrosas” que oferecem a perda de peso e medidas em tempo recorde.
O grande problema de se submeter a essas dietas é que elas não se propõem a reeducar o indivíduo, mas pelo contrário, estimulam o desequilíbrio entre a ingestão de diversos nutrientes, como por exemplo carboidratos e proteínas.
Toda vez que a ingestão de nutrientes é feita de maneira desequilibrada o organismo faz adaptações para que todas as necessidades nutricionais sejam supridas, o que é prejudicial para a saúde.
Podemos citar como exemplo uma exigência muito comum nessas dietas que é a restrição de carboidratos.
A ingestão de carboidratos é extremamente importante para a manutenção de diversas funções fisiológicas no organismo. Dentre elas, podemos citar a nobre função de proteção da proteína muscular.
Dietas que não permitem a ingestão de carboidratos fazem com que o organismo busque nos músculos a energia necessária para manter as atividades diárias e com isso promovem a perda peso; porém essa perda de peso se dá a partir da perda de massa muscular.
Uma vez que os músculos são a massa metabolicamente ativa, quanto maior a perda de massa muscular, mais lento fica o metabolismo e menos calorias são gastas tanto em repouso quanto durante a prática de atividades físicas.
Com o metabolismo mais lento, uma vez encerrada a dieta, o indivíduo fica sujeito ao tão famoso “efeito rebote”, pois ele voltará a ingerir mais calorias e terá mais dificuldade de gastá-las.
Para perder peso com saúde, infelizmente, não existem fórmulas mágicas. O que existe é a balança calórica, ou seja, deve-se ingerir menos calorias do que se gasta, ingerindo todos os nutrientes de forma balanceada. Se o objetivo é ganhar massa muscular, basta inverter a balança e consumir mais calorias do que se gasta, sendo porém fundamental nesse caso intensificar o treino de hipertrofia.
Para manter o peso desejado é imprescindível que sejam incorporados no dia-a-dia novos hábitos alimentares e de exercícios caracterizando o processo de reeducação alimentar.
Saiba Mais
A ingestão de proteínas e a perda de peso
Dietas que preconizam maior ingestão de proteínas, baseiam-se em estudos que indicam que o aumento do conteúdo protéico da dieta, associado a um programa de exercícios, pode potencializar a perda de peso, reduzindo a perda de massa magra, em obesos e indivíduos com sobrepeso.
A manutenção da massa magra tem sido atribuída ao aumento nos níveis de aminoácidos essenciais, especialmente a leucina, proporcionado pela maior ingestão de proteínas.
A leucina por ser um aminoácido que estimula a síntese protéica, auxilia a reduzir o ciclo de perda de proteínas da massa muscular.
Háalguns anos foi publicado um estudo na revista do colégio americano de medicina esportiva, a respeito do efeito de proteção muscular promovido pelo aumento da ingestão de proteínas em dietas hipocalóricas, em atletas.
Neste estudo os autores relatam que o aumento do conteúdo protéico de uma dieta de restrição energética (60% do conteúdo energético habitual), na proporção de, aproximadamente, 2.3g/kg de peso (ou 35% das calorias do valor energético total provenientes da proteína) mostrou-se bastante eficiente no sentido de evitar a perda de massa magra de jovens atletas submetidos a dieta hipocalórica para perda de peso.
No entanto, os autores concluem que mais estudos são necessários a fim de se obter maiores informações sobre qual a dose-resposta da ingestão protéica na manutenção da massa magra, e qual sua repercussão sobre a performance atlética.
Leitura recomendada
Mettler, S., Mitchell, N., Tipton KD. Increased Protein Intake Reduces Lean Body Mass Loss during Weight Loss in Athletes. Med Sci Sports Exerc., 42(2), Feb 2010, p.326-37.
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