Nos dias mais quentes, quando o calor realmente se torna quase insuportável,quem corre ou faz atividade física deve se precaver com todos os cuidados possíveis para não sofrer nenhum dano mais sério decorrente da combinação perigosa de exercício físico e altas temperaturas.
Ao pensar nesta situação, sempre vem à lembrança aquele episódio dramático da chegada da atleta suíça Gabrielle Andersen na maratona de Los Angeles. Aquela na verdade era a primeira maratona olímpica feminina da história e se certamente quase ninguém lembra quem ganhou, (foi a americana Joan Benoit) ninguém esquece da chegada de uma das últimas colocadas que foi a atleta suíça.
Aquele momento dramático foi descrito como o momento mais emocionante dos jogos e a “proeza” da suíça foi considerado um grande exemplo de heroísmo e superação.
Deixando um pouco de lado a dramaticidade e o forte impacto da cena, devemos analisar o verdadeiro “descuido” de que ela na verdade foi vítima. Bem antes daquele momento a atleta tinha todos os sinais e sintomas dos terríveis efeitos da desidratação, hipertermia e hiponatremia. Sofria de cãibras, tonturas, desorientação e apresentava inequívocos sinais inclusive de dano neurológico, o que se comprovou após sua internação hospitalar após a prova. Em resumo, ela corria sério risco de morte. Ela não foi atendida pela equipe médica com a alegação absurda de que seria desclassificada se isso acontecesse. De fato, na época seria mesmo, porque na verdade a federação internacional de atletismo só mudou essa regra depois deste episódio. Agora, o que não dá para aceitar é que os profissionais responsáveis pelo atendimento médico não tenham priorizado a vida em detrimento da chegada na prova. Aquele nunca pode ser considerado um exemplo de nada. Foi, na verdade, uma grande irresponsabilidade ! Imaginem se ela tivesse morrido, o que esteve muito perto de acontecer. Hoje, certamente a história seria contada de outra forma e os responsáveis estariam amargando verdadeiros dramas de consciência se não até punições por incompetência.
Hoje, aquela cena não se repetiria até pelo legado que ela deixou, entretanto os perigos do calor continuam a existir e os cuidados necessários para evitar danos são sempre enfatizados: cuidados com hidratação, proteção da radiação solar, uso de roupas adequadas etc.
O que nem sempre ocorre é o respeito à integridade do ser humano por parte de entidades que controlam o esporte, sempre tendo por trás o interesse comercial. O exemplo mais recente é a proposta da FIFA de realizar jogos da Copa de 2014 em cidades do norte e nordeste como Manaus, Recife e Fortaleza no horário das 13 horas !
Será que uma Gabrielle precisa morrer para haver respeito ao atleta?
Olá Turíbio! Gostaria de te dar os parabéns pelo blog, pois traz conteúdos muito importantes, tanto para praticantes de A.F. quanto para nós educadores físicos. Irei sempre acompanhar seus posts. Abraço!
Obrigado Fernanda. Fico contente que alguém tão qualificada como você tenha esta opinião.
Um grande abraço
Turibio
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Thank you !