FELIPÃO, CHAMA O KAKÁ!

Eu sei que sou suspeito para falar do Kaká. Sou amigo pessoal dele, sou amigo da família, tenho contato com ele desde que ele tinha 15 anos e participei da sua formação como atleta durante todo o período da sua permanência no São Paulo FC.

Entretanto, acredito que mesmo sendo considerado suspeito, eu tenho o direito de expor minha opinião sobre o momento que ele vive.

Poucas pessoas sabem com detalhes todo o drama que ele passou e conseguiu superar. Logo após a última Copa do Mundo, passou por uma delicada cirurgia no joelho que exigiu um longo período de recuperação que só alguém com seu profissionalismo e determinação conseguiria enfrentar.

Superou a desconfiança de muitos que chegaram a considerá-lo um atleta condenado a ter problemas físicos pelo resto da carreira. Esta superação só foi possível pela enorme dedicação que ele teve, não só durante o tratamento, como, principalmente, quando seu treinador passou a tratá-lo como um atleta que não fazia mais parte dos seus planos.

Mesmo quando não era sequer relacionado para determinados jogos, ao invés de se rebelar, passava a treinar praticamente sozinho em 2 períodos. Vale lembrar que ele é um atleta que há pouco tempo foi eleito o melhor do mundo. Mesmo com esse status, treinava com a humildade de um iniciante.

Quando tinha uma oportunidade de jogar, agarrava a chance com entusiasmo e enorme aplicação, porém nunca tinha a possibilidade de ter uma sequência de jogos que seria fundamental para quem passou por um período longo de recuperação. Mesmo quando tinha atuações consideradas brilhantes, até pela exigente imprensa espanhola, não era efetivado e voltava a ser descartado pelo treinador.

Como provou nas poucas oportunidades que teve, que era o mesmo Kaká eleito o melhor do mundo, ganhou a chance de voltar à seleção brasileira, convocado pelo treinador Mano Menezes. Na seleção teve atuações excelentes, com elogios unânimes pelo seu desempenho nos jogos em que participou, além de ter sido considerado o jogador com requisitos para ser o líder de um grupo até então sem muita identidade.

Por incrível que pareça, seu sucesso na seleção parece que criou mais dificuldades para sua situação no clube, onde voltou a ser relegado quase à condição de reserva eventual, de novo com pouquíssimas chances de jogar.

Como de novo quase não tinha a chance de jogar, ficou esquecido pelo novo treinador da seleção quando a última convocação foi feita. Quando foi escalado agora no último jogo do Real Madrid, nova grande atuação e novos elogios. Um jornalista do jornal espanhol AS fez a seguinte afirmação após este último jogo: “Deixar o Kaká no banco é como deixar uma Ferrari na garagem”.

Quem viu o jogo da seleção brasileira contra a Inglaterra certamente sentiu falta do Kaká. E ele precisava muito desta nova oportunidade para, de novo, lembrar a todos o grande jogador que é. A seleção precisa dele e ele precisa da seleção!

Felipão, chama o Kaká! O futebol brasileiro agradece!

3 Comments

  1. Parabéns, Turíbio…kaká, na minha opinião, é um dos grandes jogadores do futebol brasileiro de todos os tempos. É craque, é profissional.

  2. Prezado Turíbio Leite, meus votos de sucesso a você e ao Kaká. Sou o maior fã do Kaká (não tem quem o admire mais do que eu). Sonho em vê-lo, decisivo na final, erguendo a Copa do Mundo em 2014. Ninguém, mas ninguém mesmo, no futebol mundial, merece mais que ele. Ele sofreu com lesões, mas tenho fé que, voltando a jogar, ele demonstrará, como o fez em 2007, ser o melhor do mundo.
    Deus os abençoe e faça com que Kaká supere as injustiças sofridas.

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