Quando aparecem casos de intolerância à prática de certas atividades físicas, voltamos a abordar um assunto que apesar de já bastante discutido não deixa de ser sempre oportuno. Que cuidados devemos ter na prescrição de exercícios?
Podemos considerar que qualquer orientação deve abordar vários aspectos para proporcionar a elaboração de um programa que não só vá de encontro aos objetivos do indivíduo como respeite suas intolerâncias e eventuais limitações e ainda possa ser realizado com conforto, prazer e bem estar.
Uma vez definidos os objetivos com as respectivas prioridades, por exemplo: perder peso, ganhar massa muscular, melhorar o condicionamento físico etc, o passo seguinte seria avaliar a tolerância para elaborar o critério de intensidade.
Neste quesito, os cuidados a serem respeitados dizem respeito a uma avaliação de dois grandes componentes:
– Sistema Cardiovascular
-Aparelho Locomotor
O sistema cardiovascular representa o verdadeiro motor metabólico que vai proporcionar a produção de energia durante a atividade física. Qualquer critério adotado para prescrição de intensidade deve ajustar um nível de tolerância determinado a partir de um diagnóstico da aptidão cardiorrespiratória do indivíduo, seja por um teste de avaliação que proporciona um diagnóstico mais preciso, ou pela utilização de fórmulas baseadas nas faixas de intensidade previstas pela frequência cardíaca.
O aparelho locomotor vai ser o efetor do movimento e deve ser capaz de tolerar adequadamente a sobrecarga proposta. Qualquer limitação muscular ou articular deve ser respeitada para evitar provocar uma lesão ou agravar um problema já existente. Os programas de fortalecimento muscular devem proporcionar não somente um ganho de força e massa magra como também um equilíbrio adequado dos diferentes grupos musculares.
Finalmente devemos enfrentar um último desafio: Elaborar uma programação que o indivíduo faça não como quem toma um remédio amargo, ou tolera um sofrimento. Exercício físico tem que ser hábito, e para isso é indispensável ser agradável. Cabe a quem orienta encontrar a proposta adequada. Cabe a quem faz, só aceitar aquilo que gosta!