TREINAMENTO OCLUSIVO

treinamento oclusivo

O treinamento com pesos objetivando o adequado reequilíbrio entre as forças musculares é requisito imprescindível dentro de programas de prevenção e reabilitação de lesões.

De acordo com as diretrizes do ACSM (Colégio Americano de Medicina Esportiva) para atingir tal objetivo é necessário um treinamento em torno de 65% de 1 repetição máxima (1RM).

Esses níveis de intensidade, no entanto, podem tornar-se inviáveis para pacientes hipertensos ou com problemas ortopédicos, por exemplo, que muitas vezes não podem realizar treinamentos muito intensos.

Recentemente dois autores suíços publicaram uma revisão de trabalhos publicados desde o ano 2000 sobre uma técnica de fortalecimento específica, que não exige tamanha sobrecarga,  e que tem sido largamente estudada pela comunidade científica e utilizada por diversos profissionais como alternativa para os indivíduos que apresentem alguma restrição ao incremento de carga. Trata-se do treinamento de força com oclusão vascular, ou treinamento de força de baixa intensidade com restrição parcial ao fluxo sanguíneo (TFR). Essa técnica, ao que a literatura indica, parece ser capaz de promover aumentos de força e hipertrofia mesmo com intensidades menores que 50% de 1 RM.

O treinamento consiste na oclusão proximal do membro a ser treinado, através de garrote, cuff pneumático ou faixa elástica e na realização subsequente de exercícios com carga.

Os mecanismos exatos pelos quais essa modalidade de treinamento proporciona o aumento da força e da hipertrofia muscular ainda não estão completamente esclarecidos, mas o stress metabólico provocado pela restrição ao fluxo sanguíneo parece ser suficiente para suplantar o menor estímulo tensional decorrente da menor carga de treino.

Apesar de ainda serem necessários muitos estudos a fim de esclarecer os mecanismos de ação do treinamento oclusivo, seus efeitos estão bem documentados na literatura, e portanto pode ser usado como uma alternativa bastante interessante para o tratamento de pacientes com problemas ortopédicos, reumáticos, em pós-operatórios, entre tantos outros, em que exista a contra indicação ao aumento da sobrecarga.

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